27 de jun. de 2007

Cadê a porra do Gredenko?!

Já se foram doze episódios da sexta temporada de 24 Horas, e eu ainda estou a ver navios quando o assunto é a queda de qualidade da série, tão comentada nos Estados Unidos. Até agora, o que eu vi foi uma seqüência de episódios muito, muito bons. E uma temporada sólida.

Pelo que me lembro, a temporada foi criticada por excesso de personagens e trama, além de obviedade. Pois bem, até agora, eu acho que 24 nos dá personagens suficiente para manter a própria narrativa viva. Excesso de personagens é problema quando isso atrasa outros enredos, quando há de se parar a cada episódio e dedicar um espaço para esse ou aquele personagem. Não há nada disso. Também não há excesso de tramas. E, obviedade? Até onde eu me lembro, 24 Horas sempre abordou o terrorismo dessa forma, e não é por isso que sempre temos amado-a? Além do mais, nunca há cansaço pela repetição, porque, de uma forma única, essa é uma série fantástica no que diz respeito a ganhar fôlego novo.

Outra coisa que, pelo que li, tem incomodado os americanos, é a quantidade de personagens que surgem e morrem. De novo, outra coisa que sempre aconteceu – talvez seja a vontade de implicar com a série depois de ela ganhar o Emmy. Para isso, a resposta é básica: há um fio narrativo, e as tramas estão ali. Como terrorismo é cheio de entranhas, surgem personagens. Cada um com sua função básica. Os que morrem, tinham mais é que morrer – porque não dá para manter uma temporada sem as mortes, ainda mais depois do quarto e excelente episódio, em que a coisa degringolou de vez.

Gente, 24 Horas, até agora, está ótima. Não deve nada. Se eu tivesse que reclamar, uma dos tópicos seria certamente esse presidente bobalhão e sem personalidade forte pra funcionar como esse tipo de personagem na série. Vê só: deixaram o homem debilitado e no lugar colocaram o vice-presidente, um homem que nos dá medo só de olhar. Ótimo! Jack Bauer também perdeu aquele lado emocional demais, virou o Jack de quase-fim-de-tarde, sabe qual é?, aquele mesmo, nosso herói. E a parcela adoravelmente tola do personagem continua lá – ele perguntando por Gredenko para o embaixador russo foi bem ignorante e seco, tipo “Eu só quero fazer o meu trabalho. Você diz agora ou eu arranco teu dedo.” E você sentiu um arrepio nos momentos subseqüentes a essa ameaça, não?

Com mais de cem episódios nas costas, 24 poderia estar enferrujada, senil, mas não, ainda está em forma. É um feito considerável para um formato que permite repetições, mas tem um limite para deixá-las aceitáveis. Temporada que vem, rumores correm, terá uma presidente e

PS: É isso que você quer que aconteça com 24? Pois eis aqui o meu grande "don't stop" pra qualidade da série. E, shh, eu quero SIM saber o que vai acontecer nos próximos episódios!

2 comentários:

Anderson Vidoni disse...

Gustavo, até ai eu achava que o pessoal tava louco por lá também, hehehe. Mas espere mais um pouco que o negócio começa a ficar meio ruim.

Anônimo disse...

O negócio vai estar degringolando em breve, don't worry.

E voce nãoachou estúpido Jack andando pacientemente em direção à porta quando era OBVIO que os russos iriam arrombá-la?

(cavalca)