"Extermínio 2" corre mais que eu, ultimamente

Na correria que anda a minha vida nesses últimos dias (com, no horizonte, uma outra semana provavelmente pior), foi quase um milagre ter achado um tempo para ir ao cinema assistir a uma das estréias da semana, Extermínio 2. Queria ter ido ver Zodíaco, é claro, mas como a primeira sessão era bem mais tarde do horário que eu podia, então fui ver o filme que eu acabei vendo. Gostei ainda mais que do primeiro, que eu já tinha achado bom. E se eu estou numa correria danada, o filme ganhou de mim na maratona - trata-se de uma seqüência de acontecimentos que atropela a si mesma, mas flui bem. O primeiro Extermínio (do Danny Boyle) já tinha essa característica, e esse aqui, de outro diretor, é mais eficaz na idéia de correr como se não houvesse amanhã.

A primeira seqüência do filme é sensacional, e uma outra cena, em que determinado personagem sofre a metamorfose após ser contaminado pelo vírus não-identificado (o filme é sobre isso, por sinal), também é. Uma pena que chegando ao fim, o filme fique oco de conteúdo, e deixe uma desgostosa sensação de vazio. Antes desse finalzinho (que são os últimos cinco minutos), a trama já tinha começado a se repetir, e sorte nossa que não deu tempo de extrapolar a cota.

Não acho que o filme tenha potencial de blockbuster (o protagonista fala estranho, a realização é mais artística que comercial e não há nenhum grande nome no elenco – o que, eu sei, não anda importando muito, mas ainda assim...), só que no cinema que eu fui, tinham três salas de Piratas do Caribe 3 (ainda não vi) e duas de Homem-Aranha 3 (vi, gostei), e a sessão estava bem cheia. Pode surpreender aqui no Brasil.

Exatamente hoje começa aqui em Floripa o Festival Audiovisual do Mercosul, que todo dia trás uma sessão com filme (err...) do Mercosul, além de mostras de curtas e debates, etc. Enfim, esses filmes eu adoro ver, porque a) a sessão é gratuita e b) eu provavelmente jamais os alugaria, exceto os brasileiros. Cão sem Dono abre o festival, é do Beto Brant, parece bom. Vamos ver.