"Toma Lá Dá Cá" lembra um "Sai de Baixo" carente de ajustes
Acontece com Toma Lá Dá Cá o que acontece com muitos filmes e programa e nós nem percebemos: a graça é pequena, mas a sensação de graça é enorme.
Tendo visto os dois primeiros episódios da única sitcom com claques que a Globo atualmente transmite (e essas claques não vem sempre que deveriam vir, além de serem baixinhas, baixinhas, baixinhas...), não sei se me sinto necessariamente desapontado ou se há algum tempo atrás, quando o piloto do programa foi exibido como especial de fim de ano, eu tenha achado tudo muito melhor do que era. Toma Lá Dá Cá simplesmente não está pronta para ir ao ar.
O texto de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa tem personagens que já vimos antes, sendo a personagem escalafobética de Arlete Salles, que vez por outra aparece vestida insinuantemente, fazendo piadas de teor sexual e nunca falando alguma coisa que não seja uma frase de efeito, a principal delas. Marisa Orth também sofre de dejá vu, sendo uma versão com cérebro da Magda de Sai de Baixo.
Claro que teríamos que desembocar aí. Porque é inevitável (e eu queria fugir disso, mas não dá) deixar de comparar Toma Lá Dá Cá com o humor teatral e absurdo de Sai de Baixo. A estrutura cômica e narrativa é a mesma, e todas as piadas do novo, eu garanto, já foram testadas no antigo. A diferença principal é simples: em Sai de Baixo, os personagens tinham mais diferenças entre si. Em Toma Lá Dá Cá o conflito central é entre dois casais que são por demais parecidos, que não conseguem criar diferença (e no episódio desta última terça uma cena deixou isso escancarado – a descoberta paradoxal dos maridos de que as esposas iriam participar do concurso do condomínio), e assim fica meio estático o humor dos personagens. Goste-se ou não de Sai de Baixo, esse era um programa que fechava direito em suas idéias. (A mania que o Falabella tem de atuar em comédias com cara de quem está rindo de suas próprias piadas, por exemplo, fechava muito melhor em Sai de Baixo.)
Toma Lá Dá Cá não chega a isso. Falta acertar os personagens, tirar um pouco do absurdo, adicionar mais originalidade e parar de apostar em gracinhas batidas (“Nome inteiro... Ih, sujou!”). E tem também o problema com as claques. Desde que estreou, ainda reina o clima de piloto (que vazou e saiu o torrent “preair” na internet). Há tempo para correções ainda.
Tendo visto os dois primeiros episódios da única sitcom com claques que a Globo atualmente transmite (e essas claques não vem sempre que deveriam vir, além de serem baixinhas, baixinhas, baixinhas...), não sei se me sinto necessariamente desapontado ou se há algum tempo atrás, quando o piloto do programa foi exibido como especial de fim de ano, eu tenha achado tudo muito melhor do que era. Toma Lá Dá Cá simplesmente não está pronta para ir ao ar.
O texto de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa tem personagens que já vimos antes, sendo a personagem escalafobética de Arlete Salles, que vez por outra aparece vestida insinuantemente, fazendo piadas de teor sexual e nunca falando alguma coisa que não seja uma frase de efeito, a principal delas. Marisa Orth também sofre de dejá vu, sendo uma versão com cérebro da Magda de Sai de Baixo.
Claro que teríamos que desembocar aí. Porque é inevitável (e eu queria fugir disso, mas não dá) deixar de comparar Toma Lá Dá Cá com o humor teatral e absurdo de Sai de Baixo. A estrutura cômica e narrativa é a mesma, e todas as piadas do novo, eu garanto, já foram testadas no antigo. A diferença principal é simples: em Sai de Baixo, os personagens tinham mais diferenças entre si. Em Toma Lá Dá Cá o conflito central é entre dois casais que são por demais parecidos, que não conseguem criar diferença (e no episódio desta última terça uma cena deixou isso escancarado – a descoberta paradoxal dos maridos de que as esposas iriam participar do concurso do condomínio), e assim fica meio estático o humor dos personagens. Goste-se ou não de Sai de Baixo, esse era um programa que fechava direito em suas idéias. (A mania que o Falabella tem de atuar em comédias com cara de quem está rindo de suas próprias piadas, por exemplo, fechava muito melhor em Sai de Baixo.)
Toma Lá Dá Cá não chega a isso. Falta acertar os personagens, tirar um pouco do absurdo, adicionar mais originalidade e parar de apostar em gracinhas batidas (“Nome inteiro... Ih, sujou!”). E tem também o problema com as claques. Desde que estreou, ainda reina o clima de piloto (que vazou e saiu o torrent “preair” na internet). Há tempo para correções ainda.
3 comentários:
Eu não pude assistir ontem ao Toma lá da cá mas com certeza tem muito haver com o Sai de Baixo. Passa no meu blog!
Hm… eu não sou um critico profissional mas na minha opinião a personagem que a Marisa Orth interpreta em Sai de Baixo e no Toma Lá, Dá Cá não há nenhuma ligação. A Magda é uma mulher rica, fútil, com pouca inteligência (se eu nao me engano) e a Rita é uma mulher prática, “desleixada”, até, por causa do seu trabalho. Este novo sitcom do Miguel Falabella, faz lembrar um pouco do Sai de Baixo, sim, mas pela personagem do Miguel Falabella e pela série se passar num ambiente quase teatral. Mas a história sao muitos diferentes e nao vale a pena eu explicar porque quem ja viu os dois sabem o que quero dizer. As personagens do Toma Lá Dá Cá foram muito bem construidos e até acho melhor do que do Sai de Baixo mas isso é uma questão de opiniao.
O Sai de Baixo vai ser uma mera lembrança dos tempos que mandavamos a Magda calar a boca, porque agora é a vez da Bozena.
Porque lá em Pato Branco… xD
Hm… eu não sou um critico profissional mas na minha opinião a personagem que a Marisa Orth interpreta em Sai de Baixo e no Toma Lá, Dá Cá não há nenhuma ligação. A Magda é uma mulher rica, fútil, com pouca inteligência (se eu nao me engano) e a Rita é uma mulher prática, “desleixada”, até, por causa do seu trabalho. Este novo sitcom do Miguel Falabella, faz lembrar um pouco do Sai de Baixo, sim, mas pela personagem do Miguel Falabella e pela série se passar num ambiente quase teatral. Mas a história sao muitos diferentes e nao vale a pena eu explicar porque quem ja viu os dois sabem o que quero dizer. As personagens do Toma Lá Dá Cá foram muito bem construidos e até acho melhor do que do Sai de Baixo mas isso é uma questão de opiniao.
O Sai de Baixo vai ser uma mera lembrança dos tempos que mandavamos a Magda calar a boca, porque agora é a vez da Bozena.
Porque lá em Pato Branco… xD
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