Estou meio surpreso. No episódio de hoje de Desperate Housewives, ocorreu o usual: a trama de Teri Hatcher estava ruim e chata, a de Felicity Huffman estava boa e interessante e a de Marcia Cross, minha querida Marcia Cross, também estava bacana. Mas... Eva Longoria! A trama de Gabrielle, sua personagem, estava boa! E ela estava ótima! Há quanto tempo isso não acontecia, hein? Teve início, meio e semi-fim. Foi levinha, deliciosa, corretíssima. Apesar de Bree e Lynette, a trama de Gabby foi a melhor desse episódio.
Desde o episódio passado, quando Gabrielle iniciou no (con)curso de beleza, eu vinha imaginando boas possibilidades para essa trama. Mas tratando da personagem, ultimamente as coisas eram apenas possíveis, e nunca palpáveis. Hoje, porém, o episódio descarregou cenas ótimas para Eva interpretar e nos entreter. A atriz sabe que é difícil se destacar no meio de um elenco com Cross e Huffman, e por isso ela não faz muito exageradamente seu papel, porque conhece os limites. Involuntariamente, porém, ela chamou a atenção. Tudo por causa do cinismo de Gabrielle. E da ganância. E, ainda assim, da leveza.
Das quatro tramas femininas, a dela sempre foi a mais fútil, a que menos precisava de profundidade, de um fundo dramático real, pela essência da personagem. Ela sobreviveria sendo fútil, mas precisava d’Um Momento. E aconteceu, finalmente. Ainda no campo da futilidade, da beleza, da vaidade feminina, dos casinhos amorosos, para não perder a motivação central, mas aconteceu. Eu adoro em Eva quando ela dá aquele olhar de quem fez uma vingancinha e triunfou. Nesse episódio, The Miracle Song, isso apenas coroou as qualidades de uma trama bem desenvolvida, que cresceu no âmbito secundário do argumento principal e funcionou. A vingancinha da vez não foi em cima da menina que não queria vê-la namorar o pai, mas em cima dos limites da própria personagem. É assim que se faz.
Friends come and go, but crowns are forever. Que a sua também seja, Gabby.
(E, sim, o japonês ajudou a trama a andar. Indiretamente, mas ajudou.)
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E o medo lá no final, com a Lynette e pedófilo da irmã morta? E a Alma? Tá boa, a série.
5 comentários:
Realmente é difícil aparecer com Felicity e Marcia atuando com você o tempo todo, mas Eva consegue nos conquistar mesmo, assim, sem aparecer muito.
Agora, numa boa: Susan me faz vontade de bater com a cabeça na parede! Sai dessa mulher, a fila andou, a vida continua, grrr
O episódio realmente foi um dos melhores. Eu vibrei com a Gabi, e fiquei angustiada com a trama da Felicity, mas achei que o tempo desperdiçado com a inútil da Susan seria melhor utilizado no desenvolvimento da trama da Bree.
A Gaby sempre foi a minha preferida! É dela as melhores frases da série, que está ótima novamente, como na primeira temporada.
Eu adoro a Gabrielle, no último domingo na Rede TV! eu vi ela caindo da escada, fiquei com dó dela, será que ela vai perder o bebe (pois é, sou um sem-cabo e estou vendo ainda a 2ª temporada da série!!!). Susan apesar de as vezes irritar com seu jeito, gosto dela. Bree Vam de Camp é maravilhosa, pra presidente!!!! Mas meu coração bate muito mais forte pela Lynette Scavo (ou seria pra Felicity Huffman!!). De qualquer forma eu amo as duas, as outras, eu amo Desperate Housewives, e não tenho do que me queixar da segunda temporada!!!
Mas pq tanto ódio à Susan, gente? Pessoalmente, acho que ela está tendo um desenvolvimento melhor que a Bree nesta temporada (Bree casou? de novo? com outro psicótico?).
Mas de resto concordo. Lynette arrasou na cena final com o Art (quando ela não arrasa, aliás?). Gabrielle? Dona das melhores falas, ever!
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